17 de novembro de 2012

Mercy (Mercy - Vol. 1) - Rebecca Lim (Resenha)

Leitura da Semana

Mercy
(Mercy - Vol. 1)
Rebecca Lim

 
"Mercy" é o primeiro livro da série da autora Rebecca Lim. Recém lançado por aqui pela Ediotra Fundamento, o livro foi pouco divulgado - pelo que percebi. 

Uma alma errante viajando de corpo em corpo, permanecendo por pouco tempo em seus hospedeiros e buscando seu amor durante os sonhos. Maldição? Punição? Ou apenas a busca por redenção?


Se eu ficar confortável demais, acordarei na manhã seguinte e tudo ao meu redor terá mudado. Tudo que eu sabia? Não saberei mais. Tudo o que eu tinha? Desaparecerá num instante. Não posso ter nada permanente. Isso me faz muito adaptável.
Tenho sempre que restabelecer laços.
Tenho que trilhar meu caminho com cuidado ou me entregar.
Tenho que sobreviver.
Tenho que continuar mudando, mas não sei por quê.
Sou minha pior inimiga; isso, pelo menos, eu já compreendi.
(Mercy – pag. 1)
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 - O Livro:


Mercy
Série: Mercy - Vol. 1
Autora: Rebecca Lim

Editora: Fundamento
Assunto: Literatura Estrangeira / Juvenil / Ficção Fanatsiosa / Romance
ISBN: 8539503654
ISBN-13: 9788539503650
1a Edição / 2012
192 Páginas


- Sinopse:

Prepare-se para se surpreender com esta eletrizante mistura de romance, mistério e sobrenatural. 


Mercy não é uma jovem qualquer, mas um anjo caído. E ela está prestes a experimentar uma grande paixão como humana, algo que vai abalar tudo o que ela conhece ou pensa conhecer sobre si mesma.

As lembranças de Mercy são fragmentos do que ela foi um dia. A única coisa que ela sabe é que cada vez acorda num corpo diferente. E que, a cada nova vida, mais perguntas inquietantes ficam sem resposta.

Mercy só se sente em paz quando está dormindo, porque nos sonhos ela se encontra com Luc, seu amor perdido. Até o dia em que acorda no corpo de Carmen e conhece Ryan, e suas poucas certezas começam a ruir. Ryan, assim como Luc, é lindo e perfeito, mas vive transtornado pelo sequestro da irmã. A atração que Mercy sente por ele é tanta, e tão imediata, que logo ela se vê completamente envolvida, não apenas pelo irresistível jovem, mas também pelo mistério que o atormenta.

Ao lado de Ryan, Mercy pela primeira vez descobre um propósito como humana: ajudar o rapaz a encontrar pistas da irmã desaparecida. Mas, à medida que obtém respostas, ela também se aproxima demais do perigo. Agora, para salvar a própria vida, mudar seu destino e ficar perto de seu novo amor, Mercy precisa reunir suas forças e juntar as peças do seu passado. Antes que seja tarde demais.
Com elementos instigantes e altas doses de paixão e suspense, "Mercy" é o primeiro livro de uma fascinante série de Rebecca Lim. Uma leitura extraordinária, realmente impossível de se largar
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- Please, mercy....


Imagine se você acordasse em outro corpo. Imagine que você nada se lembrasse do seu passado, nem de seu nome, de onde vem, o que é e nem onde está seu verdadeiro corpo. Você só sabe que está lá, num corpo que não é seu, até ser literalmente arrancada e jogada em outro corpo num momento atemporal. Você não conhece o facebook, não sabe o que anda tocando nas rádios e nem como está o mundo. Você é uma pessoa - ou alma, ou ser de outro mundo, ou sei lá o quê! - totalmente alienada.

A única coisa que você se lembra remotamente é dos últimos corpos que, digamos, seu espírito “habitou”.  Os animais sentem sua presença. Você brilha no escuro (um tipo de Edward Cullen só que ao contrário? rsrs). Você toca nas pessoas e sente suas almas e aflições. Às vezes nem é preciso tocar, basta olhar ou sentir no ar. Seria uma maldição?

Há uma boa razão para eu não gostar de ser tocada, ou de tocar os outros. O toque desperta o... indesejado.
(Mercy – pag. 18)

Você é o piloto e dona das vontades de um corpo que não é seu e que só lhe pertence por um curto espaço de tempo... Talvez você só tenha que “arrumar as coisas” na vida do seu corpo emprestado e depois seguir em frente pra outro corpo. Pois bem, sinistro não é mesmo?

- Já está decididio. Você sabe disso tão bem quanto eu. Tudo no presente e no futuro tem uma causa no passado que pode ser compreendida ou deduzida e de onde fluem todas as consequências. (...)
(Uri – pag. 125)

Esse é o mote de “Mercy”, uma série que logo de cara me agradou – e muito. Agora é esperar pela chegada de “Exilada”, o segundo volume com capa já divulgada pela Editora Fundamento.


Lá fora já são três volumes publicados - e um quarto novinho em folha. E as capas são lindas! Não sei bem o porquê, mas tenho uma verdadeira fixação por capas.Fico feliz quando as editoras mantêm-se fiéis às capas estrangeiras (originais) pois elas são a verdadeira identidade dos livros!


Acho que a receitinha de bolo ainda permanece no ar... algo implícito (talvez) com anjos, ira divina, almas gêmeas,  fim dos tempos, whatever... mas a conotação e o enredo desta vez surpreendem!


- (...) O que é você?
Quando ele responde, sua voz metálica carrega uma nota de desafio:
- Não. A pergunta é: o que é você?
Nos encaramos ferozmente, ambos congelando ao ouvirmos os passos de alguém do lado de fora do quarto de Lauren. (...)
(Mercy e Uri – pag. 127)
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- “Holofotus Interruptus”:

(contém spoilers!)





Ela não se lembra do seu nome. E por isso adotou um: Mercy. Mercy significa “piedade”em inglês. Um nome apropriado para sua condição ao longo dos anos: ela está cansada de viajar de corpo em corpo sem saber o porquê. Uma alma itinerante usando corpos alheios como hospedeiros, sem ter vida própria ou recordações, sem saber quem é e onde está seu verdadeiro corpo. Seu passado é um misterio. A única certeza é que ela possui um corpo - o corpo dela mesma - mas não sabe onde está - e nem porque foi destituída dele... 
E tudo o que ela tem pedido ao longo dos anos é piedade.

Se eu pensar muito a meu respeito, muito mesmo, chego a uma palavra: Mercy, que significa “piedade”. É assim que tenho me chamado, na falta de algo melhor. Talvez essa seja realmente o meu nome, mas tenho tanta certeza disso quanto você.
( Mercy – pag. 2)

Sim, Mercy é uma intrusa - me lembrei da "Hospedeira" de Stephenie Meyer... 

Só durante seu sono, em seus sonhos bizarros, ela tem um pouco de paz. É lá que ela encontra Luc, o rapaz loiro e enigmático por quem ela supostamente é apaixonada. 

Luc tem poderes e ela sabe. Ele move a realidade de seus sonhos para agradá-la e lhe fala de forma enigmática. Ele lhe jura amor e pede que ela o encontre. Ah tá...
Parece que ambos estão presos em suas próprias maldições e o destino conspira para que não se encontrem... Talvez sejam almas gêmeas. Mas isso ela também não tem certeza.

- Luc a quer para si. Ele não merece confiança. Não permita que um sentimento passado interfira em seu julgamento. Não se entregue a ele, ou tudo estará perdido. Você pode não saber, não vai necessariamente nos agradecer, mas tudo foi sempre por você, sempre.
(Uri – pag. 127)

  Até que um dia ela acorda no corpo da franzina Carmen Zappacosta, em meio a um intercâmbio escolar de corais, na cidade de Paraíso (nome propício, digamos), morando temporariamente na casa da família Daley (seus pais postiços no intercâmbio). Dormindo debaixo do mesmo teto de uma família marcada por uma tragédia. Debaixo do mesmo teto em que mora o jovem atormentado Ryan Daley... E Ryan a faz quase esquecer-se de Luc. 
Lá vem outro triângulo amoroso... Será?

No toque dele, percebo um sentimento fraco, alguma cor. Mas é diferente dessa vez; não queima, é leve como o crepúsculo antes do anoitecer. Há curiosidade, afeto, alívio. Amor? Há algo de amor nisso. Mas por quem? Por Lauren? Por mim?
(Mercy e Ryan – pag. 184)

Mercy nunca se envolve com seus hospedeiros, nem com quem os cerca. Ela até os ajuda em certo ponto. Mas nada de emoções. Entretanto, desta vez a coisa parece diferente, quase como se estivesse rodando da forma certa – como se o destino conspirasse pela primeira vez a seu favor. E Mercy se vê envolvida e ajudando Carmen e Ryan ao mesmo tempo.

Ele estende a mão para mim, mas não a pego. Não porque não quero. Ele dá de ombros.
- Você que sabe – ele diz secamente, voltando a caminhar.
(Mercy e Ryan – pag 143)

Com tanta pressão e o destino de duas pessoas em suas mãos, Mercy passa a ter flashes de sua vida original e de seu poder.

- Nós comandávamos o mundo – ele diz gentilmente, como se tivesse lido minha mente, e sei que o que ele diz é verdade.
- Tirano – consigo dizer.
- Traidora – ele retruca com a voz ameaçadora.
A palavra não faz o menor sentido para mim. Minhas memórias, inconvenientemente, chegaram a um paredão.
(Mercy e Uri – pag. 122)

A "semi-vida" de Mercy é atribulada. Ryan precisa de sua ajuda e Carmen precisa ser salva. E Mercy tem pouquíssimo tempo pra isso: sua permanência no corpo frágil de Carmen está se esgotando.

 Infelizmente tudo ainda está nebuloso e já está quase na hora de Mercy “pular” para outro corpo e de se afastar de Ryan...

Ryan me deixa de volta no Colégio Paraíso (...) O sorriso dele é curioso.
- Quando tudo isso terminar, tenho algumas perguntas a lhe fazer – ele diz, acenando e partindo.
Quando tudo isso acabar”, penso com um pouco de pena de mim mesma, “você terá sorte se Carmen se lembrar de quem você é.
(Mercy e Ryan – pag. 150)

Comentários à parte, a série é porreta!
Sinceramente, viciante! Diferente de tudo o que já andei lendo... 

 Leitura agradável e instigante. Rebecca Lim escreve de uma maneira extremamente gostosa e convidativa à leitura. Vicia.


Minha nota: 9 (minha curiosidade não me deixa dar 10!)

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 - Momento “Viajando na Maionese”:

(ria com os pensamentos malucos da leitora...)
 
Sempre que preparo um post sobre uma leitura eu extrapolo. Gosto de colocar minhas impressões do livro, dos personagens, do enredo, postar trechos para aguçar a curiosidade de quem não leu, comparar o livro com outros, analisar a capa. Enfim, comentar o que me dá na telha! rsrsrs Por isso que viajo MUITO na maionese, acreditem!

Minha mente inquieta não dá uma trégua sequer. 

Mercy” me remeteu à “Cante Para Eu Dormir”. No caso, por causa dos ensaios de cantoria e solistas afoitas às pencas. Desde quando virou moda corais? Devo estar por fora mesmo...

Segundo, me lembrei da série “Wake”de Lisa McMann. Para quem leu, nossa protagonista dormia e durante os sonhos tinha visões, conversava com pessoas, via realidades distorcidas. Voilà! Mercy praticamente faz o mesmo, só que com o Luc (pelo menos até agora...). 


E a maior maionese da leitura é que me lembrei de “Cinquenta Tons de Cinza”. Vocês devem estar se perguntando: WTF??? Vamos lá: já que passamos boa parte do tempo viajando nos ensaios do coral, a peça “Lakmé” de Léo Delibes – o Dueto das Flores – foi mencionada. Tchan!!! Ponto em comum (e música favorita) de Christian Grey e Anastasia Steele. Prestou atenção???


É uma coisa... quando a gente lê demais, tudo vira uma teia de aranha. Um emaranhado e prato cheio pra uma mente fértil como a minha! rsrsrs
E pra fechar minha “maionese”com chave de ouro: pensei que o Padre Quevedo fosse aparecer a qualquer momento durante a leitura.  Tipo, para exorcizar a Mercy.  #prontofalei 

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- Trilha sonora por Piedade:


" Let me out" – Ben’s Brother



“Let me out or let me in”- deixe-me ir ou deixe-me entrar. 
Propício à alma viajante de Mercy, não é mesmo?
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- A Série:


Mercy
1. Mercy (2010)
2. Exile (2011)
3. Muse (2011)

4. Fury




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- Outras Capas:


 -

9 comentários:

  1. Adoro a forma como você estrutura suas resenhas, amiga.
    É uma forma unicamente só sua.
    O livro parece muito legal! E você deixou ele encantador.

    Amei

    bjus

    www.terradecarol.blogspot.com

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  2. Não conhecia nem a série nem a autora, mas as capas, a sinopse e a resenha são bem legais!

    Bjinhos
    Letras & Versos
    http://anna-gabby.blogspot.com/

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  3. Oi Carol,
    Obrigada pelo carinho ;-)

    Anna e Carol,
    Esse livro é show. Vale ler! Aposto que vocês vão gostar ;-)

    Bjsm
    Vick

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  4. Padre Quevedo HSUAHSUHASA


    http://funestoetoxico.blogspot.com.br/

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  5. olaa, vs tem o link pra download da serie em pdf portugues ?? ou em seu pc, poderia me enviar?
    carla.winne@hotmail.com
    obrigada desde já

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  6. Aiiiun eu to lendo e to adoraaandoooo...

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  7. eu tenho esse livro, estou no cap 7, é muito maneiro mesmo, eu dei doas risadas quando ele estava na casa nova das pais de Ryan e ele chegu gritando com ela e ela disse:
    - so queria imaginar como voce seria na cama
    kkkkkkkkkkkkkkkkk
    ele deve ser mesmo um Deus grego ne?? kkkkk

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  8. Boa tarde!
    Aqui em Portugal não há esses livros em português, vocês não me podem facultar a versão em brasileiro ou português dos livros dessa série em PDF ou EPUB para xaninha170273@hotmail.com
    ??

    Obrigada

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  9. olaa, vs tem o link pra download da serie em pdf portugues ??neidegomes2144@gmail.com

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