25 de maio de 2013

É Melhor Não Saber - Chevy Stevens (Resenha)

Leitura da Semana


É Melhor Não Saber
Chevy Stevens


Algumas perguntas devem ficar sem resposta.
(e depois de ler esse livro, eu concordo plenamente!)


- Você não acha interessante  o fato de John ter enxaquecas como eu?
- Isso não muda o fato de ele ser um assassino.
- Sei disso, mas me ajuda a saber por que ele mata.
- Realmente é importante saber por quê? ele faz isso porque gosta.
- Claro que é. Se nós soubermos por quê, teremos mais chance de...
- Nós? Você sabe que não é policial, não sabe? Ou entrou para a polícia enquanto eu estava fora?
Evan estava fazendo uma piada, mas senti uma tensão subjacente. A raiva percorreu rapidamente meu corpo.
Pare. Pense. Respire. Ele só reagiu assim porque está preocupado. Não reaja. Vá à raiz do problema.
(sara e Evan - pág. 231)


 Tenso do início ao fim. 

Sara Gallagher é uma mulher de 34 anos. Decidida e temperamental, ela é mãe da espevitada Ally e noiva de Evan, dono de uma pousada local. 
A vida de Sara parecia perfeita: tinha paixão pelo seu trabalho de restauradora, uma filha que amava incondicionalmente, o apaixonado Evan como seu porto seguro, e o cão Moose - a sua tenaz companhia.
Mas algumas lacunas estavam abertas em sua vida... lacunas que martelavam em sua cabeça agravando cada vez suas constantes crises de enxaqueca e de ansiedade - e até mesmo seus surtos de violência.


Sara é filha adotiva. Apesar do amor de Carolyn, sua mãe de criação, Sara não se sente completamente aceita pela família adotiva - especialmente por seu pai adotivo que a trata de forma rude e controladora. Lauren é sua irmã de confiança e Melanie a irmã na qual ela tem uma relação constante de "amor e ódio".
Sentindo-se desconexa nessa família, Sara começa a investigar sobre seus pais biológicos. Afinal de contas, ela precisa preencher as tais "lacunas" de sua existência e entender porquê é tão ansiosa e explosiva. 
Suas frequentes consultas com Nadine, sua psiquiatra, já não são tão mais suficientes...

À beira do casamento com Evan, e após tantos anos de questionamentos e terapia, Sara decide contratar um detetive mas...  o que ela não contava era descobrir que fora fruto de um estupro. Para ser mais precisa, ela era filha de um Assassino em série conhecido como o Assassino do Acampamento. 
E foi com essa descoberta que suas enxaquecas só aumentaram... assim como seus problemas!

Evan e eu tínhamos conversado sobre isso e decidimos que tentaríamos manter a rotina de Ally tão normal quanto possível. O truque era eu me manter normal o máximo possível. Durante a maior parte da vida, estive a um centímetro da loucura, avançando para ela em marcha acelerada, mas e agora? Eu nem sabia mais o que era normal.
(Sara - pág. 205)

Revirar o seu passado foi uma das piores coisas que ela poderia ter feito. Mas Sara era teimosa e obstinada.
E essa descoberta "vazou" para a imprensa trazendo para sua vida dois personagens que modificariam de vez sua rotina. Primeiro Julia, sua mãe biológica e a única vítima que sobreviveu ao ataque do Assassino do Acampamento - uma mulher que vivia no medo e que se mostrou totalmente indiferente à existência de Sara. Em segundo, John, seu pai psicopata, um assassino há anos procurado pela polícia do Canadá e que agora insistia em fazer parte da vida de Sara - e para seu maior desespero, de Ally! 
Você disse que minhas obsessões eram paixões, que minha ansiedade era um forte dom e minha determinação era admirável. que as coisas que eu considerava meus pontos fracos também poderiam ser meus pontos mais fortes. Se John é um espelho que reflete as piores distorções de mim mesma, você pe um espelho que reflete as boas. Às vezes me pergunto o que aconteceria se eu não contasse com seu apoio.
(Sara - pág. 238)
 
Com uma família biológica como essas, como se livrar dos fantasmas?

Os agentes especiais Billy e Sandy procuram de todas as formas possíveis (e até inimagináveis!) convencer Sara a ajudá-los a capturar o Assassino do Acampamento. 
E a velha estratégia do "policial bom e policial mau" é usada.

Mas tudo tem seu preço...

Sentindo-se forçada a encarar seu passado tenebroso e sobretudo forçada a servir de isca para a captura de John, Sara não contava em colocar em risco muito mais do que sua própria segurança: mas também a de Ally, Evan e de todos ao seu redor. 

Seu relacionamento com Evan parece ruir aos poucos, suas implicâncias com Melanie são cada vez mais constantes, e seu temperamento beira sempre explosões de raiva - assim como os surtos psicóticos de seu pai biológico. Será que ela herdou seus genes assassinos??? Isso martelava em sua cabeça... quanto tempo demoraria até que ela própria ferisse alguém?
Evan e eu sempre jogamos no mesmo time. Nunca tive de olhar para trás nem precisei perguntar onde ele estava, pois sabia que estava ao meu lado, trabalhando comigo para o mesmo objetivo. Mas foi como se eu erguesse os olhos e de repente ele estivesse do lado oposto do ringue, como se nós dois estivéssemos jogando na defensiva e alguém fosse dar com a cara na parede.
O que tem acontecido entre mim  e Evan ultimamente, todas essas brigas, isso não é nada bom. Está me assustando tanto quanto John me assusta. Porém são as minhas reações que mais têm me aterrorizado. Porque, quando alguém me empurra, eu empurro com mais força ainda.
(Sara - pág. 224)

E quando tudo parecia caminhar para um final "moralmente esperado"...
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- Consultando Nadine


A história entrelaça momentos de ação, pânico e diálogos tensos.  #voufalarcomNadine

Há também as narrativas das frequentes consultas de Sara à sua psiquiatra - e nesse momento a gente se
sente como um "voyeur".  Convenhamos, foi uma ideia genial da autora nomear cada capítulo como "Sessão" e iniciá-los com a narrativa de Sara junto à sua psiquiatra.


É um thriller policial que mexe com o psicológico do leitor. Eu mesma fiquei eletrizada... angustiada... com o coração na mão a cada virada de página.

Para quem gosta do gênero, leitura recomendadíssima!

Hannibal Lecter iria adorar!!! rsrsrs
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- Ái Minha Enxaqueca...


Não tenho como definir uma "trilha sonora" para este livro. Por mais que eu pense, só consigo imaginar o toque sinistro de "Psicose" e até mesmo o sonoro "tum-tum-tum" do filme "O Tubarão". #tensodemais

Maionese: a moça da capa não nos lembra a Katniss do filme Jogos Vorazes? #mentefértil

Curiosidade: Chevy Stevens também é autora de "Identidade Roubada", outro thriller "psicológico" da Editora Arqueiro ;-)  #euquero  #wishlist

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É Melhor Não Saber
Autora: Chevy Stevens

Editora: Arqueiro
Assunto: Literatura Estrangeira / Ficção Policial
ISBN: 8580411211
ISBN-13: 9788580411218
1a Edição / 2013
320 Páginas


 - Sinopse:

Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada. Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Sara é fruto de um estupro, filha do Assassino do Acampamento, um famoso serial killer.
Toda a sua paz acaba quando essa história é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora.
Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo, até a voltar a matar. Ao mesmo tempo, a polícia acredita que essa é sua única chance de prender o assassino e resolve usá-la como isca. Então Sara se vê numa caçada alucinante, lutando para preservar sua vida e a de sua filha.

Chevy Stevens



É melhor não saber é um complexo retrato de uma mulher tentando entender suas origens. Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau. 

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- Outras Capas:


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